quinta-feira, 7 de maio de 2009

O meu Pai faz hoje 75 anos. Tenho pena não ter estado mais próximo dele neste últimos, digamos, 30 anos. Admiro imenso a sua sensibilidade, que esconde muitas vezes por detrás da sua arguta inteligência. Ele é extremamente ponderado e justo, procura ir ao fundo das questões, tenta que as acções dos seus filhos sejam o mais lúcidas e claras possíveis. Às vezes exige de nós, e dele, o ideal, pela sua natureza perfeccionista, mas como se sabe, o ideal depende de muitos factores. Isso por vezes tornou a nossa relação um pouco tensa, e para mim uma frustação de não conseguir chegar aos patamares pretendidos por ele. Mas cada vez mais ouço os seus conselhos de uma forma construtiva, e vou tentando melhorar o que pode ser melhorado. Ele acha que eu continuo a não ouvi-lo, eu como pai também tenho dificuldade em saber o que chega e de que forma à minha filha, mas temos que ter uma certa serenidade. Serenidade, deve ser o que se aspira a ter com a idade, consciência do que somos e para o que somos. Eu sinto orgulho no Pai que tenho, por isso ele devia descontrair mais, saborear as coisas boas que ele conseguiu por mérito, empenho ou simples devaneio. A vida é festa, e Luz! Bem hajas!

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