Roshi Bernard Glassman é um professor zen que está à frente de um projecto para sem-abrigo na zona de Yonkers, em Nova Yorque. Da última vez que o ouvi falar, disse-me uma coisa que me desconcertou: afirmou que não faz propriamente este trabalho para ahudar os outros, fá-lo por sentir que mudar-se para as áreas da sociedade que rejeitou é o mesmo que trabalhar com as partes de si mesmo que rejeitou.
Embora se trate de um pensamento budista comum, é difícil vivê-lo. Até é difícil ouvir dizer que aquilo que rejeitamos lá fora é o que rejeitamos em nós, e que o que rejeitamos em nós é o que vamos rejeitar lá fora. (...) Ter compaixão começa e acaba com termos compaixão por todas as partes indesejadas de nós, por todas as imperfeições para as quais nem queremos olhar. A compaixão não é nenhum tipo de projecto de automelhoramento ou de ideal que queiramos prosseguir nas nossas vidas.
Pema Chodron, Quando Tudo se Desfaz, Lua de Papel (Leya), 2007
ROSAURA, EM SONHOS PUTA
Há 3 semanas
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