quarta-feira, 3 de março de 2010

Ontem ao almoço apanhei no canal hollywood o final de um filme que já vi umas quantas vezes. O filme não é própriamente uma obra prima, mas é bastante bom:
Comboio em Fuga (Runaway Train) de Andrei Konchalowsky, com argumento de Akira Kurosawa. A sequência final com Jon Voigt a gozar a sua liberdade plena, e a música sobre o tema da Glória de Vivaldi, é bela, grandiosa, de encontro a um Deus que se quer humano, como em Ondas de Paixão de von Trier.
Há filmes que nos marcam por razões nem sempre proporcionais à qualidade dos mesmos. Mas aqui existem frases como:
"Tu não sabes do que és capaz e do que não és capaz","está tudo aqui (apontando para a cabeça)". Bem à maneira de um samurai.
Não é de admirar que nos filmes que me dizem algo, existe uma espécie de ritual, de fé na transcendência do humano, de luz etérea como uma alma palpável, que nos transmite um saber emocional alquímico. Temos por exemplo: A Palavra, de Dreyer; O Sacrifício de Tarkovsky, Blade Runner de Ridley Scott, O Eclipse de Antonioni, e mesmo Cinema Paraíso de Tornatore...

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