sábado, 29 de maio de 2010

"Não existe uma resposta única para as grandes questões da vida. Não existe uma forma única de pensar." Esta frase até parece um comentário ao meu anterior post.
Tenho falado muito de arquitectura, e sinto, e isto se calhar é um defeito geral em mim, que o que escrevo e transcrevo neste blogue, traz uma carga de soberba e de algum desprezo por outras maneiras de pensar. Na verdade, sou um adepto ferrenho da diversidade, da imaginação e da ironia. Talvez a ironia seja uma forma de altivez intelectual, mas também, uma atitude de defesa do menos consistente. Se não conseguimos nos rir de nós próprios, alguma insegurança queremos esconder. Não quer dizer que quem tenha essa ironia, não seja inseguro. Quando falo de uma ideia de arquitectura, não falo de uma somente, mas sim das ideias bases que temos de saber, para que possamos ter as nossas próprias ideias. Não adianta saber muitas receitas de cozinha, e depois não sabemos acender o lume, o que é um tacho, uma colher de pau, ou um escorredor. Saber o básico é fundamental. Também me podem dizer que o básico de uns não será o básico de outros, mas quando falo de básico, da tal ideia, é algo completamente basilar e estruturante. O que fazemos depois, é o nosso caminho individual. Mas se calhar estou enganado, tudo é caminho individual, não existe nada que possamos aprender de estruturante.

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