quarta-feira, 14 de dezembro de 2011


LIÇÃO 196
Só posso crucificar a mim mesmo.


Quando isso for bem compreendido e mantido em plena consciência, não tentarás prejudicar-te, nem fazer do teu corpo um escravo da vingança. Não atacarás a ti mesmo e reconhecerás que atacar um outro é atacar a ti mesmo. Ficarás livre da crença insana de que atacar um irmão te salva. E compreenderás que a sua segurança é a tua e através da sua cura, tu és curado.
Talvez, a princípio, não compreendas como a misericórdia, que é ilimitada e que mantém todas as coisas sob a sua proteção segura, pode ser achada na idéia que praticamos hoje. De fato, ela pode parecer um sinal de que é impossível escapar ao castigo, porque o ego, diante do que vê como uma ameaça, não demora em citar a verdade para salvar as suas mentiras. Entretanto, ele não pode deixar de fracassar em compreender a verdade que usa desse modo. Mas tu podes aprendera ver essas tolas aplicações e negar o significado que parecem ter.
Assim, também ensinas a tua mente que não és um ego. Pois as formas com as quais o ego procura deturpar a verdade não te enganarão mais. não acreditarás que és um corpo a ser crucificado. E verás na idéia de hoje a luz da ressurreição, olhando para o que está além de todos os pensamentos de crucificação e de morte, que são pensamentos de libertação e de vida.
A idéia de hoje é um passo que damos para sair do cativeiro para o estado da liberdade perfeita. Vamos dar esse passo hoje, para que possamos seguir rapidamente o caminho que a salvação nos mostra, dando cada passo na seqüência estabelecida, à medida em que a mente renuncia aos seus fardos um a um. Não precisamos de tempo para isso. Precisamos apenas de disponibilidade. Pois o que parecia levar mil anos pode facilmente ser feito em um só instante pela graça de Deus.
O lúgubre e desesperançado pensamento de que podes atacar os outros e salvar a ti mesmo te pregou à cruz. Talvez parecesse ser a salvação. Mas representou apenas a crença segundo a qual o teu medo de Deus é real. E o que é isso, senão o inferno? Quem poderia acreditar que o seu Pai é um inimigo mortal, separado de si e à espreita para destruir a sua vida e riscá-lo do universo sem ter o medo do inferno no coração?
Tal é a forma da loucura em que acreditas, se aceitares o pensamento amedrontador de que podes atacar um outro e ficar livre. Enquanto essa forma não for mudada, não há esperança. Enquanto não vires que isso tem que ser, pelo menos, inteiramente impossível, como poderias escapar? O medo de Deus é real para todo aquele que considerar esse pensamento como verdadeiro. E ele não perceberá a sua tolice e nem chegará a ver que ela existe para que seja possível questioná-la.
Para questioná-la é preciso que, primeiro, a sua forma seja mudada, pelo menos um mínimo que seja para permitir que o medo da punição diminua e que a responsabilidade te seja, até certo ponto, devolvida. A partir daí, podes, pelo menos, refletir se desejas seguir esse caminho doloroso. Enquanto essa mudança não se realizar, não será possível para ti perceber que o que te amedronta são os teus próprios pensamentos e que a tua libertação depende de ti mesmo.
Os nossos próximos passos serão fáceis se deres esse passo hoje. A partir daí, avançamos com bastante rapidez. Pois uma vez que compreendas que é impossível que sejas ferido exceto pelos teus próprios pensamentos, o medo de Deus tem que desaparecer. Não poderás, então, acreditar que o medo é causado por algo exterior. E Deus, Que pensaste em expulsar, pode ser acolhido de volta no interior da mente santa que Ele nunca deixou.
É certamente possível ouvir a canção da salvação na idéia que praticamos hoje. Se só podes crucificara a ti mesmo, não feriste o mundo e não precisas ter medo da sua vingança e da sua perseguição. Nem precisas esconder-te, aterrorizado, do medo mortal de Deus que a projeção esconde atrás de si. O que mais temes é a tua salvação. Tu és forte, e é força o que queres. E és livre e feliz pela liberdade. Buscaste ser fraco e cativo, porque temias a tua força e liberdade. No entanto, nelas está a salvação.
Há um instante em que o terror parece dominar a tua mente de modo tão total, que parece não haver nenhuma esperança de escapar. Quando reconheceres de uma vez por todas que é a ti mesmo que temes, a mente se perceberá dividida. E isso havia sido ocultado enquanto acreditavas que o ataque podia sr dirigido para fora e retornar de fora para dentro. O inimigo que devias temer parecia vir do exterior. E assim, um deus fora de ti veio a ser o teu inimigo mortal, a fonte do medo.
Agora, por um instante, um assassino é percebido dentro de ti, ansioso pela tua morte, ocupado em planejar castigos para ti até a hora em que puder, enfim, matar-te. Entretanto, esse instante é também o momento em que vem a salvação. Pois o medo de Deus desapareceu. E podes chamá-Lo para te salvar das ilusões através do Seu Amor, chamando-O de Pai e a ti mesmo de Filho. Reza para que o momento possa ser logo – hoje. Afasta-te do medo e avança pra o amor.
Não há Pensamento de Deus que não te acompanhe para ajudar-te a alcançar esse instante e superá-lo rapidamente, com segurança e para sempre. Quando o medo de Deus tiver desaparecido, não existirá mais nenhum obstáculo que ainda permaneça entre tu e a santa paz de Deus. Como é benigna e misericordiosa a idéia que praticamos! Dá-lhe boas-vindas como deverias, pois é a tua libertação. De fato, a tua mente só pode tentar crucificar a ti mesmo. Mas, a tua redenção também virá de ti.

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