sábado, 10 de dezembro de 2011


LIÇÃO 192
Tenho uma função que Deus quer que eu cumpra.

É a Vontade santa do teu Pai que tu O completes e que o teu Ser seja o Seu Filho sagrado para sempre puro como Ele, criado do Amor e no amor preservado, estendendo o amor e criando em seu Nome, para sempre um com Deus e com o teu Ser. mas, o que pode tal função significar em um mundo de inveja, ódio e ataque?
Portanto, tens uma função no mundo nos próprios termos do mundo. Pois quem pode compreender uma linguagem muito além do seu simples entendimento? O perdão representa a tua função aqui. Ele não é a criação de Deus, pois é o meio pelo qual é desfeita a inverdade. E quem perdoaria o Céu? No entanto, na terra, precisas de meios para abandonar as ilusões. A criação apenas espera que reconheças o teu retorno, não que ele se complete.
A criação não pode sequer ser concebida no mundo. Aqui, ela não tem significado. O perdão é a sua forma mais próxima da terra. pois tendo nascido no Céu, ela não tem forma. Ainda assim, Deus criou Aquele Que tem o poder de traduzir em forma o que é totalmente sem forma. O que Ele faz são sonhos, mas de um tipo tão próximo do despertar que a luz do dia já brilha sobre eles e olhos que já estão se abrindo contemplam as cenas felizes que as suas oferendas contêm.
O perdão olha gentilmente para todas as coisas desconhecidas no Céu, as vê desaparecer e deixa o mundo como um quadro de ardósia limpo e sem marcas, e que o Verbo de Deus pode agora substituir os símbolos sem sentido lá escritos anteriormente. O perdão é o meio pelo qual o medo da morte é superado, porque já não contém nenhuma atração arrebatadora e a culpa desapareceu. O perdão faz com que o corpo seja percebido tal como é: um simples recurso de ensino a ser deixado de lado quando o aprendizado for completo, mas que de nenhum modo muda aquele que aprende.
A mente sem o corpo não pode cometer erros. Não pode pensar que vai morrer ou que será vítima de ataques impiedosos. Quando a raiva se torna impossível, onde estará o terror? Que medo poderia ainda tomar aqueles que perderam a fonte de todo ataque, o núcleo da angustia e a sede do medo? Só o perdão é capaz de aliviar a mente do pensamento de que o corpo é a sua casa. Só o perdão é capaz de restaurar a paz que Deus pretendia para o Seu Filho santo. Só o perdão é capaz de persuadir o Filho a olhar de novo para a sua santidade.
Sem a ira, tu de fato perceberás que nenhum sacrifício foi pedido em troca da visão de Cristo e da dádiva de poder ver, que só a dor foi retirada da mente doente e torturada. Isso não é bem-vindo? Deve-se ter medo disso? Ou deve-se ter esperança que isso aconteça, receber isso com gratidão e aceitar com alegria? Somos um e, portanto, não renunciamos a nada. Pelo contrário, tudo nos foi dado por Deus.
Entretanto, precisamos do perdão para percebermos que isso é assim. Sem a sua luz suave, tateamos no escuro, usando a razão apenas para justificamos a nossa raiva e o nosso ataque. A nossa compreensão é tão limitada que o que pensamos compreender não passa de uma confusão nascida do erro. Estamos perdidos em névoas de sonhos transitórios e de pensamentos amedrontadores, com os olhos bem fechados contra a luz e as nossas mentes ocupadas em idolatrar o que não existe.
Quem pode nasce de novo em Cristo, senão aquele que perdoou a todos que vê, todos aqueles em quem pensa ou imagina? Quem pode ser libertado enquanto estiver aprisionando alguém? O carcereiro não é livre, pois está preso junto com o seu prisioneiro. Ele precisa garantir que o outro não escape e assim passa o seu tempo vigiando-o. As barras que limitam o prisioneiro vêm a ser o mundo em que vive o seu carcereiro junto com ele. E o caminho da liberdade para ambos depende da liberdade dele.
Portanto, não mantenhas ninguém prisioneiro. Liberta-os em vez de prendê-los, pois assim tu és libertado. O caminho é simples. Cada vez que sentires uma punhalada de raiva, reconhece que seguras uma espada sobre a tua própria cabeça. E ela cairá ou será desviada, segundo a tua escolha de ser condenado ou livre. Assim, todo aquele que parece te tentar a sentir raiva representa o teu salvador da prisão da morte. E por isso, tu lhe deves gratidão e não dor.
Sê misericordioso hoje. O Filho de Deus merece a tua misericórdia. É ele quem te pede que aceites agora o caminho para a liberdade. Não o recuses. O Amor do seu Pai por ele pertence a ti. A tua única função aqui na terra é a de perdoá-lo, para que possas aceitá-lo de volta como a tua Identidade. Ele é como Deus o criou. E tu és o que ele é. Perdoa-lhe os seus pecados agora e verás que tu és um com ele.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.