sexta-feira, 10 de julho de 2009

Ando a ouvir um disco que me cativa nem sei bem porquê. Digamos que gosto de electrónica, barulhinhos e coisas assim, além disso esta música é envolvente, não sei se é música de qualidade, quero lá saber disso, mas está na linha dos Goldfrapp, outros que também me seduzem no som, mas gostar própriamente, não me parece. Além disso, por vezes, gosto de coisas sem que a qualidade assim o obrigue. E isto da qualidade é das coisas mais irritantes que há. Detesto o espírito de rebanho, a única coisa bonita é a voz do pastor, a espaços, o ladrar dos cães, e aquele som permanente dos chocalhos. Algo que não depende de nenhuma qualidade dos presentes, mas que está na sua verdadeira natureza, incorruptível. Falo de Velocifero dos Ladytron, e da canção "versus", uma mistura entre música africana e air, uma valsa, tipo canção de embalar, em que a letra é cantada em tom declamatório e religioso. Aquele orgão faz-nos crianças, faz-nos sorrir, e faz-me lembrar as noites no Lontra com os putos a tocar quase a dormir.

Versus

Distance versus time, cutting verses down to size.
Focus versus tears versus
"How did I get here's" versus curses in your eyes.
Force of nature versus range, nature versus "That is strange."
"There's a fire starting here" versus "There's nothing to fear" versus lonely versus safe.
Like a kitten versus rain.
A cathedral versus love versus shame.
Free versus out to sea,
versus, versus, versus me versus me.

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