quinta-feira, 13 de outubro de 2011


LIÇÃO 138
O Céu é a decisão que eu tenho que tomar.

Nesse mundo, o Céu é uma escolha porque aqui acreditamos que há alternativas entre as quais escolher. Pensamos que todas as coisas têm um oposto e que escolhemos aquilo que queremos. Se o Céu existe, também tem que haver um inferno, pois a contradição é o modo como fazemos o que percebemos e o que pensamos ser real.
A criação desconhece opostos. Mas aqui, a oposição é parte do que é "real". É essa estranha percepção da verdade que faz com que escolher o Céu pareça ser a mesma coisa que abandonar o inferno. Isso não é realmente assim. No entanto, o que é verdadeiro na criação de Deus não pode entrar aqui até que seja refletido de alguma forma que o mundo possa compreender. A verdade não pode vir aonde só poderia ser percebida com medo. Pois isso seria o erro de que a verdade pode ser trazida às ilusões. A oposição faz com que a verdade não seja bem-vinda e ela não pode vir.
Escolher é obviamente o modo de escapar do que os opostos parecem ser. A decisão permite que uma das metas conflitantes venha ser alvo do esforço e do dispêndio do tempo. Sem decisão, o tempo é apenas um desperdício e o esforço é dissipado. Gasto sem nenhum retorno, o tempo passa sem resultados. Não há nenhum senso de ganho, pois nada é realizado, nada é aprendido.
Tu precisas ser lembrado de que pensas que mil escolhas te confrontam, quando realmente há apenas uma. E mesmo essa, apenas parece ser uma escolha. Não te confundas com todas as duvidas que milhares de decisões iram induzir. E mesmo essa, apenas parece ser uma escolha. Não te confundas com todas as duvidas que milhares de decisões iriam induzir. Só fazes uma escolha. E, uma fez feita, perceberás que não havia absolutamente nenhuma. Pois a verdade é verdadeira e nada mais é verdadeiro. Não há nenhum oposto a ser escolhido em seu lugar. Não há nenhuma contradição para a verdade.
A escolha depende do aprendizado. E a verdade não pode ser aprendida, só reconhecida. Mas o conhecimento está além das metas que buscamos ensinar no escopo desse curso. As nossas são metas de ensino a serem atingidas através do aprendizado de como é possível alcançá-las, do que são e do que te oferecem. As decisões são o resultado do teu aprendizado, pois se baseiam no que aceitaste como a verdade do que és e de quais são as tuas necessidades.
Nesse mundo insanamente complicado, o Céu parece tomar a forma de uma escolha ao invés de ser simplesmente o que é. De todas as escolhas que tentaste fazer, essa é a mais simples, a mais definitiva e o protótipo de todo o resto; aquela que resolve todas as decisões. Se pudesses decidir o resto, essa permaneceria sem solução. Mas, ao resolvê-la, todas as outras são resolvidas com ela,
pois todas as decisões apenas ocultam essa única sob diferentes formas. Essa é a escolha única e final em que a verdade é aceita ou negada.
Assim, hoje começamos considerando a escolha para a qual o tempo foi feito a fim de nos ajudar a fazê-la. Tal é o seu propósito santo, agora transformado, pois não tem mais a intenção que tu lhe deste: de que fosse um meio para demonstrar que o inferno é real, que a esperança vem a ser desespero e que a própria vida, no fim, não pode deixar de ser vencida pela morte. Só na morte é possível dar solução aos opostos, pois acabar com as oposições é morrer. E, assim, a salvação tem que ser vista como morte, pois a vida é vista como conflito. Resolver o conflito é por um fim à tua vida também.
Essas crenças loucas podem ganhar um domínio inconsciente de grande intensidade e a mente pode ser tomada por um terror e uma ansiedade tão fortes que ela não renunciara às suas idéias sobre a sua própria proteção. Ela tem que ser salva da salvação, ameaçada para estar segura e magicamente armada contra a verdade. E essas decisões são feitas sem que se esteja ciente, a fim de mantê-las em segurança e sem perturbações, à parte do questionamento, da razão e da dúvida.
O Céu é escolhido conscientemente. A escolha não pode ser feita enquanto as alternativas não forem cuidadosamente vistas e compreendidas. Tudo o que está velado nas sombras tem que ser erguido à compreensão, para ser novamente julgado e, dessa vez, com o auxilio do Céu. E todos os equívocos de julgamento que a mente tenha cometido antes são abertos à correção, à medida em que a verdade os descarta por carecerem de causa. Agora não têm efeitos. Não podem ser ocultados, pois o fato de que eles não são nada é reconhecido.
A escolha consciente do Céu é tão certa quanto o fim do medo do inferno, quando esse é retirado do escudo protetor da inconsciência e é trazido à luz. Quem pode decidir entre o que é visto claramente o que não é reconhecido? No entanto, quem pode falhar em fazer uma escolha entre alternativas, se apenas uma é vista como valiosa e a outra como uma coisa inteiramente sem valor, que não passa de uma fonte imaginaria de culpa e dor? Quem hesita em fazer uma escolha como essa? E nós hesitaremos em escolher hoje?
Escolheremos o Céu ao acordarmos e passamos cinco minutos nos assegurando de que fizemos a única escolha sã. Reconhecemos que estamos fazendo uma escolha consciente entre o que tem existência e o que nada tem, a na ser uma aparência de verdade. O seu pseudo-ser, ao ser trazido ao que é real, mostra-se inconsistente e transparente na luz. Agora, ele não contém nenhum terror, pois o que foi feito para ser enorme, vingativo, impiedoso por estar cheio de ódio, exige a obscuridade para que o medo possa ser investido nele. Agora, é reconhecido como apenas um equivoco tolo e trivial.
Antes de fecharmos os olhos para dormir essa noite, reafirmamos a escolha que temos feito a cada hora do dia. E agora damos os últimos cinco minutos do nosso dia à decisão com a qual acordamos. A cada hora que passou, declaramos mais uma vez a nossa escolha num breve momento de quietude dedicado a manter a sanidade. E, finalmente, encerramos o dia com isso, reconhecendo que só escolheremos o que queremos:

O Céu é a decisão que tenho que tomar. Vou tomá-la agora, e
não mudarei a minha mente, pois é a única coisa que eu quero.

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