segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Tudo isto é inútil. A escrita. A vontade que temos em desabafar. Hoje estamos mal, amanhã bem, depois mal e outra vez bem. É inútil justificar o que quer que seja. Explicar. Pensar nisso vezes sem conta. O que fica, e o que nos acompanha são sentimentos impalpáveis, mas gravados na carne, são emoções soltas, sempre desenraizadas de algum fio condutor. Somos assim, caóticos, egoístas, indolentes, pouco afirmativos naquilo que realmente interessa. Somos lamechas, vítimas, tentamos corrigir o passado.
Gostava de viver melhor o essencial, de usufruir da sabedoria que permite degustar cada momento, e esquecer a sua duração, a sua perda, o seu brilho. Mas existem momentos que queremos fazer parar no tempo, como que expecados e deslumbrados com a sua beleza e perfeição. Não pensamos, que esse momento que perdura, no fundo é a morte, a alegria esquelética, o infinito glaciar.
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4-8-2010

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